Uma cidade pequena, aconchegante, cercada de cultura e história. Chegar em Oxford é como ser transportando para uma outra época. Não se vêem arranha-céus e prédios com arquitetura inovadora, como uma senhora que não se arrisca a colocar uma saia mais curta, mas uma exibição orgulhosa de construções antigas, como se a cidade inteira fosse um só castelo.
Pode-se conhecer tudo a pé e a nossa primeira caminhada nos levou ao Museu de Ashmoleam. Logo na entrada são entregues dois papéis: um com uma sugestão de qual seria a melhor ordem para visitar o Museu e o segundo com o nome e localização das obras mais famosas. É um procedimento aparentemente comum na Inglaterra e que faz uma pessoa metódica como eu pular de felicidade. O acervo é maravilhoso, mas a preocupação em educar os seus visitantes me encheu os olhos. Há inúmeras ações de conscientização espalhadas entre as obras de arte, como as das fotos seguintes.
Depois do Museu, fomos almoçar num calçadão, onde se viam muitos artistas de rua se apresentando e uma ação promovida por japoneses para angariar fundos e ajudar na recuperação do Japão. Por uma boa causa, me arrisquei num biscoito feito de chá verde. O bichinho era feio de doer, mas uma delícia.
Após o almoço a meta era ir direto à Christ Church, onde foram rodados os filmes de Harry Potter, mas havia uma livraria no meio do caminho. No meio do caminho havia uma livraria. Fiquei nervosa. Qualquer livro era somente £2. Qualquer um! Comprei três livros e por mim voltava em Oxford só pra passar um dia inteirinho por lá.
Comprados os livros, finalmente Harry Potter! Era mais que apenas um ponto turístico pra mim...
Assisti Harry Potter pela primeira vez aos treze anos, mas foi aos 17 que me apaixonei. Estava no cursinho pré-vestibular quando resolvi que merecia/precisava de um descanso. Li os 5 primeiros livros de Harry Potter, que somados são 2.203 páginas, em uma semana. Ia pra todas as aulas, mas era só o professor parar pra respirar que eu sacava o livro e lia mais um trecho. Era viciante, relaxante e incrível. Depois comprei o 6º livro já na pré-venda e li em dois dias assim que o recebi. O 7º eu até tentei, mas não consegui esperar. Li da internet mesmo. Depois comprei o livro de verdade e reli, amando cada página.
Explicada a minha paixão, vocês podem entender a emoção que eu senti com essa visita. Eu vi, toquei e tirei foto da escadaria em que Harry conhece e enfrenta Malfoy pela primeira vez; do salão comunal, onde, entre outros acontecimentos, o chapéu seletor coloca Harry na Grifinória; do gramado onde acontecem os torneios de Quadribol. A sensação é parecida com a de ser fã de um desenho animado e comprar um boneco do personagem favorito. Dá tristeza que ele não fala, não anda, não se mexe, mas é muito bom assim mesmo. Faltou Hogwarts existir de verdade, mas estar lá foi incrível.
Visitamos ainda alguns campi da Universidade de Oxford e terminamos nosso dia num Pub (mais inglês, impossível), onde conhecemos alguns brasileiros e ficamos até a hora da partida. Foi quase triste voltar pra Londres...