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segunda-feira, 11 de maio de 2020

Casem, é ótimo!


É mesmo, mas não é fácil. Semana que vem completamos um ano de casados e dois anos e meio morando juntos. Alguns dirão que nesse começo tudo são flores, que o difícil mesmo vem depois: superar as adversidades, sem perder o carinho e manter a chama do amor onde não haverá mais novidade. A verdade é que eu tenho visto tantos casais separando no primeiro ano de casamento, que me sinto à vontade para desfazer essa fantasia. Assim como na vida, todos os anos de casado terão desafios próprios e você estará mais qualificado e pronto para lidar com o desafio seguinte, quanto mais se dedicar a viver com plenitude o momento presente.

Os primeiros anos de casado são, de fato, muito divertidos. Nossos primeiros meses morando juntos eram uma eterna celebração. Nunca tomei tanto vinho na vida! Acho que só a segunda-feira, com suas promessas de uma vida mais saudável, era poupada. Todos os outros dias acabavam no sofá, com uma garrafa aberta e conversas infinitas sobre o dia. Havia uma vontade inesgotável de se conhecer ainda mais e uma euforia por descobrir o quanto isso podia ser arrebatador.

Mas esse é também o período em que se descobrem as rotinas do outro. Onde cada um aperta a pasta de dente, os horários que prefere comer, ir ao banheiro e dormir. Onde se negocia a temperatura do quarto, quem paga que conta e resolve qual problema. É o momento em que seguimos nos construindo casal, ao tempo em que começamos a fundação de uma parceria capaz de proteger o sentimento que nos levou até ali. E ela será tão sólida quanto mais dispostos estivermos a ouvir, negociar e ceder. Só se constrói em conjunto quando cada um deposita e abandona um pouco de si.

E tem a intimidade. A intimidade da vida de casado tem muitas variáveis além do tempo. Ela começa aos poucos, ensinando sobre dividir o mesmo espaço, e cresce ensinando a partilhar todo o resto. A intimidade de um casal exige presença, pele e atenção. Mas a intimidade também esconde armadilhas. Descobrir como fazer o outro feliz pode te levar à falsa sensação de que isso é o bastante. O problema é que vocês seguirão se fazendo e refazendo ao longo dos anos e a intimidade também precisará se transformar. Há uma liberdade imensa em ser amado por aquilo que se é, com tudo o que se é, mas ao longo da vida seremos muitos. A intimidade precisa e estará sempre uma camada encoberta.

A verdade é que casar não é sobre um dia, mas sobre todos os outros. Casamento não é a festa que se compartilha com muitos, mas a casa que se divide com poucos. É sobre ser casulo muitas vezes em uma única vida, é sobre desafios e também sobre aliança. É aquele momento, no início de cada dia, em que você decide ser e fazer feliz. É uma comunhão e é realmente ótimo!


segunda-feira, 27 de abril de 2020

Quanto tempo é necessário para nos virar do avesso? Para revirar a nossa vida, valores e convicções?


Machado de Assis diz que somos como um manto de seda com franjas de algodão, onde a seda são as virtudes que fazemos em público e as franjas de algodão os deslizes que cometemos em segredo. E que se convidados a vestirmos o manto de algodão e aceitarmos nossas imperfeições como tudo aquilo que somos, logo virão as franjas de seda. Conclui, então, que a contradição é a eterna falha que nos sustenta como humanos.

Esse fim de semana testou novamente as nossas crenças e capacidade de nos adaptarmos ao mundo e às suas reviravoltas. Testou, em muitos, a disposição para seguir em linha reta, custe o que custar, ou de se reinventar, mudando completamente para não deixar de ser o mesmo. Foi um fim de semana que exigiu mudar de ideias em nome de pessoas ou abandonar pessoas em nome de ideais.

Foi um fim de semana de revelações para uns, que ainda não sabiam, e de confissão para outros, que já desconfiavam. Para todos, foi um fim de semana sem heróis e com dragões. Aqueles que contestam as primeiras provas apresentadas, a confirmam com o discurso de traição; os que as aceitam, as desacreditam ao desprezar a credibilidade de quem as forneceu. Todos, de um modo ou e outros, se sentem apreensivos e tristes pelos sonhos roubados.

Sérgio Moro, com a sua revelação, aproximou o ponto de partida do ponto de chegada. Mostrou que os extremos se tocam e que o filho e o pai são, por vezes, a mesma pessoa em papéis e tempos distintos. E que se apegar a pessoas, em vez de ideais, é como vestir-se de um manto, esperando que as franjas do oposto não apareçam. O problema é que elas sempre vêm.

***
Referências:
Livro - Histórias Sem Data - #MachadoDeAssis
Foto - Obra Mélancolie - #AlbertGyorgy - #OHomemVazio ou #OVazioDaAlma

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Quem será você?


Eu amo segunda-feira. Talvez por ser organizada, eu gosto das coisas em ordem, começando do começo. Primeiro dia útil da semana: dia de começar novos planos, dia de acertar. Segunda-feira-pós-Páscoa, para aqueles que a veem como tempo de transformação e renascimento, é ainda mais especial. Segunda-feira-pós-Páscoa-em-quarentena é praticamente uma convocação para começar um projeto de refazimento de si mesmo. Um renascimento para o que importa.

Todo esse processo tem sido como um vendaval, levando tudo para longe, obrigando a entender que temos apenas duas mãos e nelas só cabe o essencial. O que agarrar e ao que se agarrar se misturaram nesse momento. Acabou o tempo de viver sem propósito, de levantar às segundas sem saber o porquê. É tempo de perceber o que te sustenta, apoiar-se e se reerguer.

Estamos vivendo a história e, por isso, ainda não somos capazes de ver/entender todas as mudanças que esse momento nos trará. Mas justamente porque estamos vivendo a história, não a contaremos como um estudante, que leu sobre essa época nos livros de história. Seremos contadores e prestadores de conta sobre a forma que contribuímos para escrevê-la.

A inflexão da humanidade pode ter sido a pausa necessária para a nossa reflexão. 'Ter' voltou ao centro das discussões ressignificado e 'Ser' parece cansado e insuficiente. Como as duas mãos que agarram, começamos a perceber que chegou o tempo de 'Ser em conjunto'.

Tudo mudou porque todos mudamos. Apesar do isolamento, ou talvez por causa dele, quem eu sou nunca foi tão vinculado ao outro. Ontem eu me buscava, hoje eu começo a entender que só há espaço para mim onde cabemos todos nós. A cara do amanhã não deve ser a minha ou a sua, precisa ser a nossa.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

"A parte que falta"

Todos estão falando do livro "A parte que falta". É que a Jout Jout narrou a história de um jeito tão especial e único que é impossível ficar indiferente. É como ouvir um mesmo conselho pela milésima vez, mas de alguma forma, nessa específica vez, tudo parece fazer sentido. Simplesmente algo te toca.

A verdade é que todo mundo, em algum momento, já se deparou com a dificuldade de se preencher e sentir completo. Eu, por exemplo, vivi essa fase de busca toda a minha vida. E nem sempre de forma elegante ou madura. Por vezes quis fazer caber algo nitidamente não encaixável em mim. Mas a vida seguiu e um dia um pedaço chegou preenchendo tudo e me fazendo sentir completa.

Em um filme da Disney talvez esse fosse o final, aquele momento de felicidade tão extrema, que nem adianta continuar a história porque não tem como ficar mais interessante que isso. Mas na vida real tem.

É que você descobre que amar é extremamente raro e fascinante, mas que é só um pequeno passo na construção de uma relação. O primeiro e essencial passo, mas ainda assim, algo que não se basta. Além disso, depois de encontrar a parte que lhe falta, você descobre que aquela era apenas a maior das partes que lhe faltavam. E agora, uma vez preenchida, você finalmente pode enxergar as outras tantas faltas que lhe compõe.

E então é preciso companheirismo e muita habilidade para mergulhar no infinito de faltas e completude que é o outro, sem perder de vista o seu próprio horizonte. Porque amar é antes de tudo uma entrega pessoal. É se permitir mudar para viver um novo momento, respeitando aquilo que lhe é essencial, mas aceitando se enxergar em algo distinto daquilo que você entendia como si mesmo.

terça-feira, 28 de março de 2017

Caminhando


O fracasso, como o sucesso, não é concludente
Pode ser partida, meio ou chegada
Pode te impedir de seguir em frente
Ou se tornar o combustível que faltava

Caminhar...
Caminhar...
Caminhar...
Que a trilha da vida não espera
Não é reta, nem é plana

Caminhar...
Caminhar...
Caminhar...
Hoje, o amargo e angústia de quem perde
Amanhã, a paz e euforia de quem ganha

quarta-feira, 22 de março de 2017

O medo de não pertencer

Assusta não fazer parte de um time, de um grupo, de uma família.
Assusta não ser alguém de quem o outro se lembra, sente falta ou se importa.
Ser feliz exige pertencimento, acolhimento e guarida.
Ser feliz é uma conquista, uma decisão de cada dia.
E também é sorte.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

A mulher que tenta se reencaixar

A mulher que tenta se reencaixar é a mulher que um dia partiu, não para longe, mas em pedaços.

A mulher que tenta se reencaixar precisa esquecer o pedaço perdido e entender que ele é apenas isso: um pedaço.

A mulher que tenta se reencaixar precisa seguir em frente. Do contrário, o pedaço que hoje lhe falta pode vir a ser o todo que lhe acompanhará.

A mulher que tenta se reencaixar precisa esquecer um pouco o que lhe falta e ser feliz com o que lhe sobra.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Em construção


Ninguém está pronto pros desafios que assume. Os desafios que enfrentamos é que nos constroem.
Eu não escrevo porque me sinto pronta, mas o inverso.
Escrevo porque sei que se não começar onde estou, não chegarei onde espero.
Evoluir exige coragem e imaginação, pois não há caminho certo.
A vida não segue em linha. Não há início, nem fim, tampouco segue reta.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Amanhã

Estou sempre aprendendo. Quem me conhece diz que não paro de inventar, de procurar novos interesses, de me empolgar com novidades. Eles estão certos.

Cada semana traz um mundo novo pra mim. Cada pessoa que eu conheço, cada experiência que eu vivo, os lugares que vejo... cada pedaço do resto do mundo completa um espaço vago dentro de mim.

Amanhã faço 28 anos. Amanhã faz 28 anos que me refaço.

domingo, 9 de novembro de 2014

Por toda a eternidade

Quando eu vejo um casal cujo amor e felicidade soam naturais e verdadeiros, meu coração se enche de esperança. No casamento de July e Dudu meu coração encontrou mais, senti a paz de ver a união de duas vidas inteiras: duas pessoas que se casaram com tudo o que são. Era perceptível um laço de amor para além dos dois. Um elo de felicidade que envolvia também suas famílias e amigos.

Ao som da música Hallelujah, meu coração transbordou pelos olhos com a entrada da noiva, de braços dados com aquela que a ensinou a amar e preencheu como pôde o seu papel e do seu companheiro, tão cedo levado para longe. E enquanto a noiva segurava-se para não chorar, sua mãe era de uma felicidade que não deixava espaço pras lágrimas. Seu sorriso me emocionou mais do que qualquer palavra seria capaz.

Do altar, o noivo se aproximava para receber a sua escolhida. Foi quando a mãe, ao entregar sua filha pro próximo degrau da realização de mulher, abençoou-a com um sinal da cruz na testa. E o noivo, num gesto de amor e aceitação por cada momento de vida da sua amada, despediu-se da sua sogra do mesmo modo que recebeu sua noiva: com um beijo de amor e respeito na testa.

Eles foram namorados por muitos anos, serão marido e mulher por toda a vida, mas suspeito que essa união esteja para além disso. Por algumas vezes ouvi July dizer que Eduardo é o amor da sua vida e de quantas vidas mais ela tiver. Depois dessa sexta, eu tenho a impressão de que essa já não foi a primeira vida em que eles disseram sim um para o outro.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Como passar no Mestrado em Direito da USP - aprenda com os meus erros

Antes de iniciar o processo seletivo, eu digitei 'Como passar no Mestrado em Direito da USP' no Google e não encontrei nada que me explicasse detalhadamente cada fase do processo ou me desse dicas de como me preparar. Infelizmente eu não passei, mas como fui longe o bastante para entender o processo, usarei da minha crítica para identificar o que deu errado e evitar que você também chegue perdido e cometa os mesmos erros que eu.

A seleção do Mestrado em Direito da USP é composta pelas seguintes fases:

- Prova de língua estrangeira (inglês, italiano, francês ou alemão);
- Prova dissertativa;
- Escolha do Orientador e Apresentação de projeto de pesquisa;
- Entrevista e/ou prova (essa fase é facultativa ao orientador).

Prova de língua estrangeira:
As provas são feitas pela FUVEST e basta que você acerte 70% da prova para seguir no processo seletivo. As provas passadas ficam disponíveis no site da instituição. Vale muito a pena responder as provas antigas, pois como a maioria das questões envolve interpretação de texto, a cada prova feita você amplia o seu vocabulário.
Outra coisa, saia de casa com bastante antecedência! Eu sei que essa máxima é um lugar comum, especialmente em São Paulo, mas nesse caso a minha recomendação é para uma preocupação extra.
A minha prova foi feita no Campus da USP próximo à estação do Butantã. Apesar do acesso ser fácil via metrô, da estação até o local da prova é muito distante. O Campus é imenso e pouco sinalizado. Se chegar com o horário apertado, fica de fora.
No dia da minha prova ainda aconteceu um movimento extra na região e acabei chegando 20 minutos atrasada. Já estava quase convencida de que não poderia fazer a prova, mas os fiscais foram incríveis ao entender todas essas dificuldades e esticar o horário em meia hora, permitindo que eu e outras vítimas do trânsito fizéssemos a prova.
O gabarito sai no fim do mesmo dia e como o critério é objetivo, você já vai pra prova dissertativa do dia seguinte sabendo o resultado.

Prova dissertativa:
Antes de fazer a prova eu não tinha ideia de como seria! O edital diz apenas os tópicos para estudo, mas não descreve com detalhes como será a prova dissertativa. Os meus amigos que haviam feito a seleção da USP já não lembravam como era e o Google, meu oráculo, não conseguiu conectar os meus comandos desesperados de 'como passar no mestrado em Direito da USP' e me dar uma resposta precisa.
Pois bem, o edital te dará 10 tópicos para cada área de concentração (Direito Público, Direito Internacional etc.). No dia da prova eles sortearão 1 dentre esses tópicos e você terá 4 páginas em branco pra fazer uma redação à respeito. Não há maiores direcionamentos.
Algumas áreas farão sugestão de bibliografia no edital, outras não. Eu fiz a prova de Direito Econômico e não fazia a menor ideia de por onde estudar os tópicos indicados. Foi apenas na véspera da prova que eu descobri que no site de Direito da USP há um espaço pras ementas das disciplinas de graduação e que na de Direito Econômico (para a qual eu me apliquei) há vários tópicos iguais ao edital. E o melhor, a ementa contém sugestão bibliográfica, o que norteará os seus estudos.
Basta clicar na aba 'Graduação', depois em 'Catálogo de graduação' e escolher um dos catálogos. Aberto o catálogo, é só selecionar o Departamento da Área de Concentração que você deseja informações. No meu caso, eu cliquei em DEF (Departamento de Direito Econômico e Financeiro).



A prova foi realizada no Campus do Largo São Francisco, que fica bem próximo da estação de metrô da Sé (dá pra ir andando). Então dessa vez não houve tanta emoção na chegada. O que foi ótimo, porque a porta da sala foi fechada pontualmente no período indicado no Edital (15min antes da realização da prova).
Aqui também é necessário atingir pelo menos a nota 7 (de 0 a 10), contudo o resultado demora cerca de 2 meses.

Projeto de Pesquisa:
Primeiro e mais importante conselho de todos: não espere o resultado da prova dissertativa pra fazer o projeto, ou você virará noites e comprometerá a qualidade do seu trabalho, seja por impossibilidade de ler tudo o que você precisa, ou porque não terá tempo pra revisar o que escreveu. Eu cometi esse erro e fiz o meu projeto em 2 semanas.
Antes de começar a escrever o projeto, você deve escolher o seu orientador. Afinal, o ideal é que você leia tudo o que ele já produziu e cite no seu projeto. Isso não tem nada a ver com bajular ou massagear o ego do orientador. Essa postura, na verdade, tem o objetivo de deixar claro que você o escolheu porque conhece sua pesquisa e respeita sua opinião, e não há modo melhor de demonstrar isso que no seu projeto.
Segui um conselho de um grande amigo nessa parte: pesquisei cada um dos orientadores disponíveis na Plataforma Lattes. Olhei suas publicações e, a partir disso, pude escolher alguém cuja linha de pesquisa se aproximava da minha.

Agora que você já escolheu o orientador é hora de colocar a mão na massa. Ou melhor, os dedos no teclado. Antes de escrever, contudo, vá novamente até o site de Direito da USP, que a essa altura já deve estar na sua barra de favoritos e aparecer como primeira opção no preenchimento automático do chrome.
Clique na opção 'Docentes', depois na área de concentração que você se inscreveu e em seguida no orientador para o qual você se aplicará. Do lado direito aparecerá o link 'Orientação'. Alguns professores não preenchem esse espaço, mas os que o fazem colocam tudo que desejam ver no projeto de pesquisa. É bem mais detalhado que o Edital e ajudará na hora de definir a estrutura do seu trabalho.

Agora que você já escolheu o orientador e sabe como precisa estruturar o seu projeto, é hora de começar a escrever. Além dos seus livros pessoais e das bibliotecas da sua cidade, você pode contar com o Google pra achar excelentes artigos científicos. É só ir na página inicial do 'Google', clicar em 'Mais', depois em 'Outros produtos do Google' e, por fim, em 'Google acadêmico'. A partir desse momento a sua busca será feita nos arquivos de artigos e publicações científicas do Google.

Boa sorte aos futuros aplicantes! Que vocês saibam responder pra ser aprovados; mas, principalmente, que saibam perguntar pra mudar o mundo. Que o conhecimento de vocês vá além das prateleiras nas bibliotecas e chegue a cada um de nós.

sábado, 4 de outubro de 2014

Votar ou não votar: a menor das questões!

Amanhã é dia de eleição e não importa pra qual lado se olhe, jornais e revistas imploram que os brasileiros votem com consciência, reforçando a crença de que esse é o maior momento de expressão da cidadania. O problema do Brasileiro é exatamente esse: achar que as urnas definem tudo. Parece gente que faz dieta durante a semana de Natal e Ano Novo, sem perceber que a gente engorda mesmo é entre o Réveillon e o Natal. As eleições não são a linha de chegada, mas o aviso de que uma maratona está prestes a começar.

Eleger pessoas honestas, bem intencionadas e com bons projetos é essencial. Mas fechar os olhos por quatro anos e só reabrir nas eleições seguintes é como contratar uma empregada pelo seu currículo e esperar que ela descubra sozinha o que precisa ser feito. Se você não disser o que quer, nem fiscalizar o modo como as coisas estão sendo feitas, possivelmente a sua casa ficará como o Congresso Nacional: suja, bagunçada e recebendo a visita da empregada apenas pra receber o salário.

Difícil é encontrar alguém com tempo e vontade pra exercer esse papel de fiscalizador. Afinal, são muitas informações, todas dispersas e confusas. Pra cobrar Imposto de Renda o governo já desenvolveu plataformas práticas e eficientes. Claro, porque interessa arrecadar. Mas plataforma fácil e acessível pra informar os gastos públicos não existe. Se existe, não se divulga.

As campanhas precisam incorporar a gestão da informação sobre os gastos públicos entre as suas reformas. Sim, precisamos de reforma tributária. Mas além de diminuir o quanto sai do meu bolso, eu quero saber exatamente aonde essa quantia vai parar. Não acredito em bom mocismo político. Afinal, no Brasil político não fica preso; mesmo quando condenado por corrupção, continua sendo eleito; e CPI, que deveria investigar, tornou-se um happy hour entre amigos.

Lembra da esperança que tomou conta de você quando o povo foi às ruas protestar em junho do ano passado? Lembra da emoção que você sentiu cantando o hino brasileiro a plenos pulmões antes de cada jogo do Brasil na copa do mundo? Amanhã é dia de eleição e eu espero que essas memórias estejam vivas na sua cabeça e aflorem o seu patriotismo. Amanhã o voto é seu, das suas convicções, mas ele repercutirá no país inteiro. Amanhã você ajuda a definir quem será eleito, mas sua responsabilidade como cidadão não acaba amanhã. Ela continua depois de amanhã e ainda depois disso. Amanhã você vota. Depois de amanhã você cobra.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

O que você vai ser agora que você cresceu?

É uma tarefa árdua a de lembrar constantemente que as escolhas mais difíceis dessa vida precisam ser tomadas por você mesmo. Que as expectativas dos outros devem ser apenas as expectativas dos outros, e não os seus caminhos. Que ser bem sucedido é 100% proporcional com a sua felicidade cotidiana, e não com as fotos que você posta nas redes sociais durante as suas férias. 

Mas então nos obrigam a decidir por volta dos 18 anos de idade o que queremos ser profissionalmente. Nos impõem a celeridade de um sistema no auge das nossas dúvidas. Não que depois seja proibido mudar de ideia, mas é que o custo social de admitir que você talvez tenha errado intimida.

Quando se é criança é permitido sonhar com a sua profissão. Ninguém te julga se você diz que quando crescer vai querer ser malabarista ou vendedor de picolé. Não há censura porque se imagina que é passageiro. Deixa-se para o tempo a tarefa de moldar aquela criança ao que se espera dela. Mas então você cresce e a pressão começa. Ah, você quer estudar isso? E vai trabalhar onde? Vai viver de quê? Você acha que essa profissão vai manter o padrão de vida que você tem atualmente?

É difícil lutar pra trabalhar no que se quer, quando o que se almeja não é conservador. Se o seu sonho é ser engenheiro, levante as mãos pro céu e agradeça. Você encontrará apoio e tapinhas nas costas. Se o seu sonho é ser dançarino, força, amigo! Você terá que percorrer um caminho de pedras e com torcida organizada reduzida. No entanto, seja você conservador ou moderno na sua escolha, a sua paixão te ajudará a se manter no caminho. Difícil mesmo é quando nossos corações ainda não foram fisgados por um ofício, pois aí não há time contra, mas também não há time a favor, nem mesmo o nosso.

Esse fim de semana eu comemorei um ano da minha formatura em Direito e dói admitir, mas ainda não encontrei a minha paixão. Não amo advogar, nem sonho com algum concurso específico. Achei que consultoria fosse minha praia, mas desisti assim que pisei na areia. Não é que eu quisesse ter feito outro curso, mas eu gostaria de ter tido tempo para descobrir o que eu queria antes de entrar na faculdade, e não apenas escolher dentre as opções que me restaram depois de ter iniciado a minha graduação.

Quando eu era mais nova, tinha pressa de fazer tudo acontecer. Achava o máximo ser o mais jovem a realizar algo. Hoje eu percebo que triste é quando você não realiza, pouco importa a idade. Eu adoraria ter objetivos de vida definidos desde pequena, mas não é assim que eu sou. E a cada dia eu me permito ser um pouco mais gentil com as minhas diferenças, mesmo elas bagunçando um pouco a minha vida, pois elas são também o que me tornam única. Talvez minha vocação seja essa, a de ter dúvidas e expressar isso pra que outras pessoas percebam que não estão sós.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Segunda-feira: meu réveillon semanal

Eu tenho uma relação de amor e ódio com a segunda-feira. Pra mim, é de longe o dia mais difícil de acordar cedo. Quando eu consigo a façanha de malhar cinco dias na semana, com certeza não é porque eu fui na segunda, e sim porque eu fui no sábado. Mas, embora a segunda tenha esse peso da insônia do domingo, ela funciona pra mim como um mini réveillon semanal.

É na segunda que eu encontro forças pra resistir à sobremesa, pra estudar mais um capítulo de um livro, ou pra evitar aquele paquera que não vale a pena. É o dia de ignorar os excessos e planejar a semana, ainda que a terça sempre chegue com o seu ar de comodismo, me oferecendo um pedaço de torta depois do almoço ou uma mensagem do whatsapp impossível de ignorar. Mas enquanto for segunda, lá estará o meu sono e a minha esperança de mudar.

Quem nunca leu um texto inspirador no domingo, se prometeu começar a agir diferente na segunda e então, ao acordar no dia seguinte, se deixou levar pela rotina e acabou fazendo mais do mesmo? Quem nunca deu força a um amigo pra recomeçar, dizendo que sempre há tempo pra felicidade, mas ao pensar sobre si mesmo acha que já é tarde demais pra buscar os próprios sonhos e que o melhor é procurar um jeito de aquietar o espírito? Se puder atirar a primeira pedra quem nunca teve um desses pensamentos, então minhas mãos permanecerão abaixadas.

A verdade é que às vezes você realmente precisa mudar de emprego, de cidade ou de profissão. Na maioria das vezes, no entanto, você só precisa mudar de atitude. Ser feliz exige senso de humor e um certo ar de deboche de quem sabe que essa vida é só o primeiro episódio de uma série de sucesso. E graças a Deus a nossa vida não foi escrita por George R. R. Martin, de Game of Thrones, então depois de todo o drama há esperança de um final feliz.

O negócio é aproveitar a Semana Nova pra pular sete ondas, comer ervilha e beber champanhe. Ou, se assim como eu você precisar trabalhar, então aproveite pra dar risada no intervalo do café e dançar no engarrafamento, sem se preocupar com o motorista do carro ao lado. Mas se ainda assim estiver difícil, então coma Chá com Torradas e lembre que mesmo quando o seu coração houver perdido toda a esperança, ainda haverá o sol depois da madrugada e uma nova segunda na próxima semana.

“Quando os céus parecerem ruins, meu querido               "When the skies are looking bad my dear
E o seu coração houver perdido toda a esperança                     And your heart has lost all it's hope
Depois da madrugada haverá sol                                                   After dawn there will be sunshine
E toda a poeira irá embora                                                                              And all the dust will go
Os céus se limparão, meu querido                                                           Skies will clear my darling
Eu irei acordar com aquele que amo mais                           I'll wake up with the one I love the most
E pela manhã irei fazer pra você                                                And in the morning, I'll make you up
Um pouco de chá e torradas”                                                                             Some tea and toast"

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Quantos pedaços te fazem inteiro?


Quantos pedaços são necessários pra formar um inteiro? E de quantos inteiros a nossa felicidade é feita? Quando eu era pequena o meu inteiro era de três. Meus irmãos já eram nascidos, mas era a perda dos meus pais que me assustava. Como imaginar a vida de criança sem os meus super-heróis do cotidiano? Não dava.

Mas então eu cresci e nos lugar das brigas constantes com os meus irmãos, surgiu a cumplicidade. Saíamos juntos, errávamos juntos e juntos crescíamos como pessoas. O meu inteiro já não era mais de três, mas de cinco. Nunca os vi como super-heróis, pois sempre os enxerguei com olhares mais humanos. Nunca esperei que fossem perfeitos, pois era nos seus defeitos que eu encontrava a paz da minha imperfeição.

Já deixei Rafael, meu irmão do meio, assumir uma culpa que era minha. Já gritei com Ricardo, meu irmão mais velho, sem motivo algum. Nunca fui a melhor irmã. Não sou a mais doce e compreensiva; sou birrenta, ciumenta e encrenqueira, mas do meu jeito torto consigo mostrar o meu amor.

E agora os dois estão noivos! O inteiro deles ganhou mais um pedaço. Preciso confessar que isso me assustou um pouco, porque quando eles abrem o seu coração pra uma nova parte, um quinto do meu coração vai junto com eles. O que me tranquiliza é que os meus pais me ensinaram que ser imperfeito é natural. Que para as brigas existem as pazes; e pras mágoas, o tempo. E que isso sempre é possível onde há amor. Então eu vejo os meus irmãos e as minhas cunhadas e sei que tudo ficará bem, porque, acima de qualquer coisa, sei que eles se amam. E assim, discretamente, também vou dividindo o meu coração em mais pedaços para recebê-las. 

Eu não vi os pedidos de casamento e, por isso, não posso me inspirar nos olhares das noivas ao ouvirem a pergunta tão esperada. Mas todo pedido de casamento é feito um pouco a cada dia: ele começa a pedir quando se oferece pra levar a mala mais pesada; e ela vai aceitando ao separar a roupa pra ele usar numa ocasião especial. Se o noivado é o aviso oficial de que chegou a hora de dar um passo adiante; é o entrelaçar das mãos e o olhar de cumplicidade que leva duas vidas ao altar.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

A vitória da Alemanha mudou o meu placar

A Copa acabou e a sensação não é de vazio, mas de um preenchimento que faz falta. Foram dias invadidos por um futebol emocionante e por Fan Fests que ficarão marcadas na nossa memória. Gente do mundo todo reunida, celebrando e reinventando a forma de se comunicar. Pois a língua universal do brasileiro não é o inglês, mas a boa vontade. Nos esforçamos para compreender e receber os estrangeiros como só nós somos capazes: com muita festa e com um "não repara a bagunça".

A Copa foi o oposto do que esperávamos. Primeiro, porque ela realmente aconteceu; segundo, e principalmente, porque não foi apenas fato, mas história. A nossa Copa encantou a todos e passou a ser chamada de 'Copa das Copas', nos fazendo largar, por alguns instantes, as nossas roupas de protesto e nos vestirmos inteiros de orgulho do que somos. Não fomos campeões nos campos, mas fora deles até o Financial Times disse que ganhamos; e que, a partir de agora, deveria ser obrigatório que toda Copa tivesse praia e brasileiros.

A seleção do Brasil tropeçou nas semifinais, então na grande final foi a vez de pintarmos a Alemanha de verde e amarelo. Ou nos pintarmos de preto, vermelho e amarelo. Não dá pra saber ao certo em que momento nossos corações foram fisgados. Torcemos para que esse time, que nos fez chorar por um dia, mas que nos conquistou ao longo de um mês inteiro, fosse o vencedor. Torcemos como se ali estivesse o Brasil, porque de fato estava. Nem vou citar a nossa rivalidade com o seu oponente, a Argentina, embora tenha ajudado um pouco; pois a torcida ontem foi mesmo a favor da Alemanha.

A vitória da Alemanha significaria coroar um time que fez questão de nos conhecer. Que pediu licença quando entrou na nossa casa, elogiou a nossa comida e nos ajudou a lavar os pratos depois. A sua conquista reforça um estilo de jogar e de viver inspirador.

Se fosse a Argentina a vencedora, os discursos seriam de como um time que se arrastou a copa inteira acabou campeão 'na raça'. Apontaria a sorte e algumas estrelas individuais como responsáveis pelo seu triunfo. Em vez disso, ganhou a Alemanha e ouvimos a exaltação do planejamento, comprometimento, fortalecimento do coletivo e humildade. Humildade não só em se entregar aos braços de uma população no interior da Bahia, abraçando a sua cultura e investindo no seu desenvolvimento. Mas, sobretudo, humildade há alguns anos, pra perceber que eles precisavam de metas claras e de trabalho duro pra chegar ao lugar que desejavam.

Eu aproveitei a inspiração dessa paixão pela Alemanha, que acometeu a mim e a grande parte dos brasileiros, pra seguir o seu exemplo. Resolvi mudar! Ontem eu abracei a humildade e me reconheci pequena. Refiz minhas metas e meus planos de ação, pois decidi que vou conquistar os meus objetivos e não serei refém do acaso nessa jornada. Essa quarta eu escrevi que também perderia de 7x1, mas ontem eu comecei a trilhar o meu caminho pra ganhar de 1x0.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Eu também perderia de 7x1


E eu não me refiro à escalação dos jogadores, nem ao esquema táctico que eu escolheria. Eu perderia porque também chegaria batucando naquele ônibus, achando que em algum lugar desse mundo tem um destino conspirando a meu favor e que, mesmo com meu time desfalcado e mantendo como titular quem não merece, ainda assim, de algum modo, eu sairia dali campeã.
É a verdade. Eu exijo da seleção a disciplina e o comprometimento que nem eu mesma tenho. Ah, eles ganham milhões pra isso? Não importa! A forma como a gente encara a vida vai muito além da remuneração que recebemos.
Toda semana eu me prometo que serei disciplinada com a minha alimentação e com a academia. Não exijo de mim o meu melhor, não almejo o corpo de uma panicat, apenas quero saúde e poder usar um biquíni sem ficar constrangida. Mas eis que vou batucando nessa missão, achando que faltar 1, 2 ou 3 dias na semana não vai fazer tanta diferença. Que aquela coxinha é uma bobagem e não vai mudar o resultado de nada. Que aquela pizza com refrigerante e uma torta de sobremesa não vão sequer ser notadas no resultado final... e sigo batucando.
Toda semana programo a minha meta de estudos. Uma meta simples e pouco audaciosa, que talvez nem me leve tão longe, mas que apenas me mantenha caminhando, e nem isso eu cumpro. Me dou a desculpa de que naquele dia trabalhei demais e estou cansada. De que a minha mente já não é capaz de absorver mais conhecimento e que, por isso, o melhor é descansar e esperar o dia seguinte. Talvez o jogo seguinte, ou a copa seguinte, se eu fosse um daqueles 11 em campo.
Toda semana eu falho! Mas falho em segredo. Perco de 7x1, às vezes até de mais, mas ninguém fica sabendo. E eu culpo o governo e as poucas oportunidades pelo meu insucesso. Não que eles sejam inocentes, longe disso, mas sei que sou um pouco cúmplice desse atentado.

Com que moral posso julgar a minha seleção, mandar os jogadores pararem de batucar no ônibus e se concentrarem antes de cada jogo? Talvez a mesma moral de um furador de fila criticando a corrupção desse país. É que a gente esquece que esses jogadores, mesmo morando fora, nasceram aqui, e que como a gente eles também acham que Deus é brasileiro e isso já é o bastante.

sábado, 10 de maio de 2014

Essa noite eu rezarei pelo dia das mães...



Pedirei a Deus que permita a todo ser humano conhecer essa forma de amor incondicional. Um amor tão puro e sem intenção, que até mesmo o mais ateu dos homens reconhece ali um pedaço de Deus.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Love is all you need...


Não há local mais bonito pra se consagrar um relacionamento que a céu aberto, mas é preciso muita coragem para acreditar que o amor será capaz de trazer o sol pra iluminar o grande dia.

Sábado amanheceu tão ensolarado, que eu só posso crer que até mesmo o sol não resistiu a estar presente em um casamento tão lindo e emocionante, como o de Carol e Gustavo. A chuva, curiosa e discreta, molhou a cerimônia com delicadeza, a partir dos olhos de cada amigo presente.

E o que dizer da entrada da noiva? Triunfal? Não, seria usar uma palavra pomposa demais, que mais se preocupa em mostrar do que ser. Mágica! Quando ela parou na ponte de madeira que a separava do seu corredor de esposa, foi impossível não olhar a cara do noivo e notar seu olhar de certeza, de que não havia vista mais bela que a sua amada ao pôr do sol.

Quando os padrinhos subiram ao altar e leram sua mensagem ao casal era o prenúncio da emoção que estava por vir: os votos dos noivos. Somente alguém descrente do amor e de dias melhores não se emocionaria com as palavras ditas. Era tanto amor e tanta verdade, que a voz embargada foi a trilha sonora mais honesta. Seus pais transbordavam pelos olhos a felicidade de ver os seus filhos serem puramente amados. O noivo pela noiva, a noiva pelo noivo e os dois por cada um que compreendia o significado das palavras que eram ditas.

Enfim casados! E que pressa pelo beijo que selaria esse momento. Mas como não compreender a ansiedade ao ouvir a música com que os noivos, agora casados, se despediam da cerimônia? All you need is love... Eles já entraram casados aquele dia! Nós é que tivemos o prazer de assistir, em público, os votos que eles, em particular, fazem todos os dias um para o outro.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Conto Brasileiro - 2013, Governo de Dilma Rousseff

— "Século virá em que a mesma coisa nos aconteça". Ao que retorquiu um rato: "Mas até lá, riamos!"

Conto Alexandrino - Histórias sem Data, Machado de Assis
As pessoas parecem não se importar com as medidas absurdas que têm sido anunciadas pelo governo para “sanar” os problemas da saúde do nosso país, talvez por acreditarem que somente a classe médica será afetada.

No que se refere à importação de médicos sem o revalida... Sinto informá-lo que esses médicos virão para tratar VOCÊ, SEUS filhos, SEUS pais etc. Não, eles não ficarão num universo paralelo que afetará apenas o mercado de trabalho dos médicos que cá estão por mérito. Eles virão sem qualquer teste que assegure a sua qualidade enquanto profissionais e virão para esse mundo em que VOCÊ e os SEUS familiares adoecem.

Não bastasse querer trazer os cubanos pra cá, agora querem transformar também o Brasil em Cuba, tolhendo a liberdade dos médicos com um serviço obrigatório civil.

Digo-lhe com convicção, se a sua decisão é se calar e rir diante de uma violência como essa, século virá em que a mesma coisa lhe aconteça; onde todos se calarão e rirão das injustiças contra você.