Estou ouvindo agora uma música que me lembra a primeira fase de Malhação (Every breath you take), aquela que tinha Claudio Heinrich como Dado, Danton Melo como Héricles e onde Bruno de Luca ainda não era unanimidade, mas só uma criança, como eu naquela época.
O que mudou em mim desde 1995?
Em alguma altura da vida a gente se pergunta essas coisas. Tenta se lembrar de como era e fazer uma reflexão sobre quem é hoje. Talvez numa tentativa de se perceber crescendo, ou mesmo numa simples análise entre as expectativas que tínhamos e quem nos tornamos.
Eu era uma criança que brincava muito na rua, mas que sempre guardava um tempão para a televisão. Me lembro de assistir emergência 911 e Plantão Médico sozinha, na sala, e ficar impressionada com aquele bando de coisas que eu não entendia, mas que me pareciam fantásticas.
Ontem eu vi a Sandy na Gabi e me dei conta mais uma vez do tempo que passou. Sou da geração que cantava e dançava com a dupla Sandy e Júnior e agora posso assistí-la numa carreira solo, cantando divinamente, compondo, casada e cada dia mais segura de si. Sim, continuo fã. Pelo talento e pela personalidade dela.
Mas e então, eu sou hoje quem eu sonhava que seria? A resposta é não e carregado de um ufa!. Pra essa resposta ser sim eu teria que ser muito óbvia ou focada a ponto de não olhar para os lados e me permitir mudar. Não seria eu.
Não seria a garota que é capaz de batalhar dia e noite por algo, mas que ao perceber que batalhou pela coisa errada dá meia volta e recomeça em outra direção;
Não seria a mulher que não sabe o que quer, mas que assim mesmo luta pelos próprios sonhos, numa obstinação no escuro que sente ir no caminho certo;
O que mudou em mim desde 1995?
Em alguma altura da vida a gente se pergunta essas coisas. Tenta se lembrar de como era e fazer uma reflexão sobre quem é hoje. Talvez numa tentativa de se perceber crescendo, ou mesmo numa simples análise entre as expectativas que tínhamos e quem nos tornamos.
Eu era uma criança que brincava muito na rua, mas que sempre guardava um tempão para a televisão. Me lembro de assistir emergência 911 e Plantão Médico sozinha, na sala, e ficar impressionada com aquele bando de coisas que eu não entendia, mas que me pareciam fantásticas.
Ontem eu vi a Sandy na Gabi e me dei conta mais uma vez do tempo que passou. Sou da geração que cantava e dançava com a dupla Sandy e Júnior e agora posso assistí-la numa carreira solo, cantando divinamente, compondo, casada e cada dia mais segura de si. Sim, continuo fã. Pelo talento e pela personalidade dela.
Mas e então, eu sou hoje quem eu sonhava que seria? A resposta é não e carregado de um ufa!. Pra essa resposta ser sim eu teria que ser muito óbvia ou focada a ponto de não olhar para os lados e me permitir mudar. Não seria eu.
Não seria a garota que é capaz de batalhar dia e noite por algo, mas que ao perceber que batalhou pela coisa errada dá meia volta e recomeça em outra direção;
Não seria a mulher que não sabe o que quer, mas que assim mesmo luta pelos próprios sonhos, numa obstinação no escuro que sente ir no caminho certo;
Não seria alguém de personalidade forte, meio brava, meio doce, que muitos definem como generosa e outros tantos como egoísta.
Ser uma contradição é tarefa complexa e difícil, mas me veste sob medida.
Sou fria, mas não calculo. Sou quente, mas não extrapolo.
Não sou exemplo de ser, tampouco de não ser, mas estou longe de ser morna.