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quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Tempo...


Só você pra trazer calmaria
Esfriar brigas feias
Consertar corações partidos.

QUERO SER DONA-DE-CASA


Diferentemente das mulheres do meu tempo, eu sonho em casar e ter filhos, muitos filhos. Quero cuidar da minha casa, esperar meu marido voltar do trabalho e recebê-lo com o carinho que ele merece. Lavar suas roupas sujas do futebol do sábado à tarde, abrir uma cerveja bem gelada pra ele e seus amigos no domingo. Ah, como eu desejo essa vida! Vida melhor não há!

Quando revelo o meu sonho, no entanto, as mulheres se escandalizam. Elas esquecem que quando as feministas surgiram e começaram a queimar sutiãs, elas desejavam se livrar de destinos traçados. Lutavam para escrever sua própria história, por liberdade. Liberdade de escolha!

As mulheres hoje em dia, contudo, se sentem na obrigação de trabalhar fora, ao invés de ficar em casa; de criar projetos, no lugar de filhos; de passar o dia inteiro no computador, e não no fogão. Se antes nossos destinos eram traçados pelos nossos pais e maridos, hoje ele não está diferente. Mudou o algoz, mas não a opressão.

Aumentaram as nossas tarefas, diminuíram o respeito por nós. As mulheres ainda ganham menos, enfrentam jornada dupla e são veneradas como "cachorras" e "chuchucas". Não foi pra isso a nossa revolução.

As feministas não lutavam pelo fim da família ou para terem uma vida completamente diferente daquela que as suas mães tiveram. Elas objetivavam poder ser o que quisessem por vontade, e não obrigação.

Eu quero ser dona-de-casa!

Uma visão atualizada sobre o tema no link: Ainda quero ser dona-de-casa?